Técnicas avançadas de monitorização vão ajudar médicos a personalizar tratamento de aneurismas
04 maio 2022Para cada doente, um tratamento – é este o princípio da medicina personalizada, que exige capacidades multidisciplinares na área da medicina e engenharia para personalizar o diagnóstico e a terapêutica. É o caso de um novo projeto que visa melhorar a avaliação individual de aneurismas da aorta torácica, e que para tal conta com o contributo do INEGI.
O objetivo é criar uma metodologia para caracterizar o tecido do aneurisma da aorta torácica e, com base neste conhecimento, criar uma ferramenta digital capaz de modelar a hemodinâmica específica do doente. Esta abordagem baseada na biomecânica permitirá assim uma análise personalizada, e respetivo tratamento, para cada doente.
Para tornar isto realidade, o INEGI tem a seu cargo o projeto mecânico dos dispositivos de medição, responsáveis pela avaliação de propriedades mecânicas de tecidos biológicos, e a utilização de técnicas avançadas de monitorização para medir a sua deformação.
"Os aneurismas na aorta torácica (AAT) afetam entre 5% a 10% de cada 100 mil pessoas”, lembra Joana Machado, responsável pelo projeto no INEGI. "É importante simplificar o diagnóstico, e isto significa determinar quais os fatores que contribuem para a diminuição da elasticidade e consequente rompimento da aorta. As nossas soluções de monitorização terão por isso um papel fundamental”.
Os trabalhos acabaram de arrancar, e continuarão até 2025. O projeto AneurysmTool - Interação fluido-estrutura para avaliação funcional de aneurismas da aorta ascendente: uma abordagem biomecânica para a prática clínica é financiado pela FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia e tem como entidades parceiras do INEGI, a NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA (NOVA.ID.FCT), a Faculdade de Ciências Médicas (FCM/UNL) e o Centro de Matemática Aplicada à Previsão e Decisão Económicas (CEMAPRE/ISEG/ULisboa).