INEGI junta-se à Bosch para melhor prever comportamento de juntas adesivas em ambientes exigentes

Um grupo de investigadores do INEGI criou, em conjunto com a multinacional alemã Bosch, um conjunto de procedimentos para permitir à indústria usar adesivos como método de ligação com mais fiabilidade.  

As juntas adesivas são cada vez mais usadas pela indústria dos componentes eletrónicos em componentes multimaterial ou que exigem ligações de alta qualidade, com grande resistência e durabilidade. Há ainda, porém, barreiras que limitam o seu uso. 

Como explica Catarina Borges, responsável pelo projeto no INEGI, "a presença de agentes contaminantes ou humidade altera as propriedades mecânicas da junta adesiva, enfraquece a ligação, e pode também resultar em áreas de fraca adesão entre adesivo e substrato.”.  

Para melhor entender estes problemas, a equipa procurou estudar o efeito que ambientes húmidos têm sobre a ligação, particularmente quando sujeita a altas temperaturas, bem como avaliar alterações na resistência do adesivo quando sujeito a estas condições. Em paralelo, estudou o efeito da contaminação proveniente de detergentes utilizados na preparação da superfície, nomeadamente em processos de produção metalomecânica que envolvem o uso de fluidos para arrefecer ou lubrificar o processo. 

Com base neste trabalho e nos dados recolhidos, criaram um método para avaliar diferentes combinações de adesivos e substratos e determinar se possui resistência e tenacidade à fratura suficientes para uma determinada aplicação.  

Estas ferramentas foram pensadas para aplicação industrial, permitindo uma avaliação ágil e rápida para determinar se uma junta tem um comportamento satisfatório quando exposta a condições exigentes.