INEGI apoiou Cortadoria Nacional de Pêlo a transformar recursos desperdiçados em novo produto

A Cortadoria Nacional de Pêlo está a preparar o lançamento de um novo produto - couro de coelho – cuja produção se tornou possível com o apoio especializado do INEGI.

A empresa, especializada na preparação de fibras têxteis, tem como uma das suas atividades centrais a recolha de pelo de coelho. Este processo, porém, danificava a pele do animal, traduzindo-se num significativo desperdício deste recurso. Para resolver este problema, contaram com o suporte técnico do INEGI, que concebeu e construiu um processo produtivo para obter o pelo sem danificar a pele.

Domingos Moreira, responsável pelo desenvolvimento de negócio da área de desenvolvimento de produto no INEGI, conta que "apoiamos todas as etapas de desenvolvimento, desde diagnóstico do estado atual, desenvolvimento de soluções de separação do pelo e da pele, e do sistema laboratorial de validação de conceitos, e projeto e prototipagem do novo sistema”.

O resultado é o aproveitamento de uma matéria-prima valiosa, que dará origem a material sustentável e alternativo ao couro tradicional, e que poderá ser aplicado em pequena marroquinaria, relojoaria e também na moda.

"É uma utilização completa por parte da Cortadoria do pelo e da pele – até chegar ao couro, é tudo valor acrescentado”, revelou Nuno Oliveira Figueiredo, administrador da Cortadoria Nacional de Pêlo, ao Jornal Têxtil. "Achámos que tínhamos de dar o passo a seguir, que era curtir a pele, e estamos a utilizar os processos mais inovadores, mais sustentáveis e ecologicamente mais limpos”, acrescentou.

O INEGI tem trabalhado com a Cortadoria no desenvolvimento de novos e melhorados processos e produtos, traduzindo o conhecimento empírico e técnico que suas equipas possuem em valor.