Escolher as ferramentas certas para gestão da cadeia logística: o caso da INEOS Automotive
15 outubro 2020
O avanço
das tecnologias de informação tem vindo a permitir às empresas um nível de
controlo sob as suas cadeias logísticas (supply
chain, em inglês) que antes era inimaginável. Facto que explica, e ao mesmo
tempo, impulsiona, a complexa competitividade global com que as empresas se
deparam, obrigando-as não só a ter processos eficazes dentro de portas, mas
operações sincronizadas com todos os parceiros da cadeia de abastecimento.
Em todas as fases da cadeia logística - desde o planeamento, a obtenção da matéria-prima, produção, inventário, armazenamento, transporte, revenda, até finalmente chegar às mãos do cliente – a comunicação e o fluxo de informação são elementos de grande importância, cujo volume exige ferramentas avançadas de processamento.
Processar esta informação, isto é, transformá-la em algo de valor capaz de contribuir para a definição de estratégias de otimização e eficiência, significa obter uma maior visibilidade, maior controlo dos custos, maior precisão e capacidade de resposta.
Com o sistema de informação certo, os decisores das empresas têm em mãos os dados operacionais em tempo real, permitindo-lhes tomar melhores decisões, bem como agilizar a troca de informação em toda a cadeia.
Adaptar o sistema à realidade da empresa
Reconhecendo a vantagem competitiva que uma boa gestão oferece, a INEOS Automotive recorreu recentemente ao serviço de consultoria de Gestão e Engenharia Industrial do INEGI para apoiar a seleção de sistemas de informação que melhor suportem as necessidades especificas da empresa.
O grupo inglês INEOS foi fundado em 1998 e é atualmente um conglomerado com atividade nas áreas da petroquímica, desporto e, mais recentemente, no setor automóvel. A INEOS Automotive, submarca fundada em 2017, lança-se agora na produção de automóveis todo-o-terreno. Apesar da decisão pendente de uma possível instalação de fabrico, a INEOS está prevista estabelecer um centro de competência na zona do Porto.
Pedro Vasconcelos, responsável pela digitalização da cadeia de logística na INEOS, destaca que "a empresa pretende conceber de raiz os diferentes processos da sua cadeia logística, procurando assim garantir, desde o seu início, uma operação o mais otimizada possível”.
Para os ajudar a atingir este objetivo, os consultores do INEGI, cujas competências em Logística e Supply Chain Management são amplamente reconhecidas, trabalharam em conjunto com a INEOS Automotive para mapear os requisitos técnicos dos processos de cada equipa da cadeia, tendo depois realizado um benchmarking de mercado que permitiu o «casamento» entre as necessidades e as funcionalidades que cada solução oferece, e construído uma shortlist de fornecedores/soluções.
Durante este processo, também foi considerada a integração dos novos sistemas de informação propostos com outros sistemas tecnológicos previamente escolhidos. Esta integração é essencial, não apenas para sistemas relacionados com a cadeia logística, mas também para sistemas de outros departamentos, como o comercial, por exemplo. Igualmente importante à adaptação à realidade operacional, é garantir a compatibilidade e adaptabilidade plug-and-play entre sistemas, para que estes possam ser utilizados na sua capacidade máxima, evitando o uso de outras ferramentas de suporte que não sejam tão robustas.
Como Alcibíades Guedes, especialista em supply chain management e presidente do INEGI, salienta "a nossa experiência permite-nos afirmar que garantir a visibilidade em tempo real e o controlo operacional dos fluxos ao longo da cadeia de logística é de grande importância para minimizar tempos de execução, reduzir stocks, cumprir prazos de entrega, e otimizar da eficiência operacional”.
Em resumo, escolher a tecnologia certa é muitas vezes uma das decisões mais impactantes que uma empresa toma relativamente à sua operação logística. Uma escolha acertada resulta numa eficaz e eficiente recolha e tratamento dos dados, e no acompanhamento em tempo real dos diferentes processos. Já uma escolha errada pode não se adaptar ou crescer com os seus negócios, ou criar um ecossistema tecnológico desarticulado, e suscetível a disfunções.