INEGI obtém 2,25 M€ de financiamento europeu para tornar cadeia de valor das baterias mais sustentável

O INEGI vai participar em cinco projetos colaborativos enquadrados num programa europeu dedicado ao clima, energia e mobilidade e, mais concretamente, ao futuro da cadeia de valor das baterias.

Estes cinco projetos focam-se em diversos pontos da cadeia de valor das baterias, como a recuperação e reciclagem de lítio, desenvolvimento de baterias de estado sólido de 4ª geração, novas técnicas de produção e processamento de componentes de células, e soluções de fabrico, entre outros.

Com a transição energética em curso, a União Europeia antecipa que a procura de baterias cresça nos próximos anos, prevendo um volume de negócios de 250 mil milhões de euros por ano em 2025. As baterias são também parte fundamental do compromisso para com a neutralidade carbónica, pelo que, a par da aposta na liderança tecnológica e industrial, considera-se essencial garantir processos sustentáveis na refinação e reciclagem de baterias.

INEGI foca esforços no reforço da sustentabilidade do setor europeu das baterias e mobilidade elétrica

O INEGI vai liderar as atividades de investigação relacionadas com a sustentabilidade, tendo a seu cargo a realização de estudos de life cycle assessment (LCA ou, em português, avaliação do ciclo de vida), e análises económicas e sociais das soluções a desenvolver.

Como explica Luís Oliveira, responsável pelos projetos no Instituto, "desde a extração de matérias-primas à reciclagem, é imperativo focar a redução da pegada de carbono e o aumento da eficiência energética e de recursos associados a estas novas tecnologias”.

"O nosso objetivo é, introduzir parâmetros de sustentabilidade no design destes produtos e sistemas para otimizar o seu desempenho final, sempre numa perspetiva de sistema”, acrescenta Joana Gouveia, membro da equipa do INEGI.

Financiados ao abrigo do Horizon Europe 2021, os trabalhos decorrem até 2026, e vão contribuir para criar uma indústria europeia resiliente, sustentável e competitiva a nível mundial, menos dependente dos seus concorrentes a nível tecnológico e da importação de químicos e matérias-primas.