INEGI e ICBAS juntos para estudar novas vias de tratamento para o prolapso de órgãos pélvicos
03 agosto 2021Uma equipa de investigadores do INEGI, com o apoio do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), está a desenvolver novos tratamentos e meios de diagnóstico para o prolapso de órgãos pélvicos.
O prolapso é uma perturbação que, de acordo com estimativas, afeta entre 3% e 8% das mulheres, e resulta do enfraquecimento dos músculos pélvicos. Como explica Rita Rynkevic, responsável pelo projeto no INEGI, "o tratamento deste problema de saúde envolve, por regra, cirurgia ou reparação através de malhas, mas estas soluções têm uma alta taxa de complicações e recorrências”.
Como alternativa a estas intervenções, o plano de trabalhos da equipa de investigação incluí o estudo de fios dentados biodegradáveis injetáveis, para reforço da parede vaginal. O objetivo é evitar sujeitar as pacientes a grandes cirurgias e complicações associadas.
"A vantagem desta técnica é que os fios podem ser aplicados em mulheres com idade mais avançada, e até após o parto vaginal, sem impossibilitar partos futuros - algo que não é possível com as malhas convencionais”, diz Rita Rynkevic.
O projeto também contempla o desenvolvimento de equipamento de diagnóstico para diagnosticar o prolapso numa fase precoce. Deverá ser minimamente invasivo, e permitirá medições in vivo do comportamento mecânico do tecido vaginal, de modo a preparar o caminho a terapias personalizadas.
O INEGI tem vindo a destacar-se no estudo da biomecânica da cavidade pélvica da mulher, apoiando o desenvolvimento de técnicas para otimizar e personalizar tratamentos médicos. Deste trabalho também resulta o projeto e desenvolvimento de dispositivos para apoiar diagnósticos, tratamentos, e procedimentos cirúrgicos.
O projeto ‘PRECOGFIL: Novel pre-tensioned cog threads for transvaginal repair of anterior and posterior compartment prolapse’ é cofinanciado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).