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Carros mais leves, produção mais eficiente: INEGI e setor automóvel preparam o futuro

27 junho 2023

O desafio partiu do setor automóvel: alavancar a tecnologia para ir de encontro às novas tendências da mobilidade e posicionar o cluster automóvel nacional nas cadeias de valor globais do veículo do futuro. A resposta do INEGI não tardou, e abre agora caminho a uma nova geração de componentes estruturais para automóveis mais leves e resistentes, e a um aumento da produtividade produtiva graças à digitalização.

A equipa do INEGI está a trabalhar na criação de ligas de alumínio e compósitos de matriz metálica, no que é avanço chave para produzir componentes estruturais leves, de elevada resistência. Torna-se assim possível reduzir o peso dos componentes – graças à substituição do aço pelo alumínio – e obter excelentes propriedades mecânicas.

Rui Madureira, responsável pelo projeto no INEGI, explica que a equipa apostou em duas abordagens. "Primeiro, apostamos em reforçar localmente o componente, através de um inserto impresso em aço, e ao mesmo tempo reduzir a massa do componente, substituindo o aço por uma liga de alumínio. O segundo desenvolvimento nesta área envolveu a incorporação de partículas de alumina no banho de alumínio, que permitirá a obtenção de ligas com propriedades exponenciadas e que não necessitam de tratamentos térmicos, reduzindo assim o tempo de produção e respetivos custos”.

Tecnologias de monitorização e conectividade tornam produção mais flexível e digital

Paralelamente, a equipa desenvolveu soluções para a digitalização e monitorização do processo produtivo de estampagem de componentes automóveis, que contribuem para diminuir o tempo de paragem da máquina, reduzir o desperdício de chapa e de óleo, e facilitar a identificação e previsão de falhas.  

Foi desenvolvido "um sistema para fazer a aquisição e processamento de dados analógicos e digitais da prensa e soluções para deteção de anomalias, nomeadamente no avanço da chapa e a quantidade de óleo depositada na chapa estão em conformidade”, conta. A aquisição destes dados em tempo real permitiu ainda a criação de um dashboard que representa a máquina, facilitando a identificação de problemas. 

Rui Madureira destaca que "a introdução de dispositivos conectados à internet das coisas (IoT) permite que as máquinas sejam monitorizadas remotamente, possibilitando a deteção antecipada de falhas e espoletar alertas. Desta forma, combinando a técnica de retrofitting com a utilização de algoritmos baseados na inteligência artificial, abrimos caminho a benefícios significativos para as empresas”. 

O projeto PAC - Portugal AutoCluster for the Future é cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Lisboa 2020, enquadrado no COMPETE 2020 (Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização).

 



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